... mais premiados de todos os tempos foi conduzido por um brasileiro. Baloubet du Rouet, o nosso Baloubet, foi protagonista de duas das mais incríveis histórias do hipismo olímpico. Em 2004, na fatídica Olimpíada de Sydney - em que nada deu certo para nós, lembram? -, ele refugou no obstáculo e deixou prá trás a medalha de ouro mais certa que o Brasil poderia ter ganhado. Diante do obstáculo e de perplexos olhos, Baloubet se negou a saltar por três vezes. Quatro anos depois, em Atenas, já quase não se cogitava a possibilidade de Baloubet competir. O fracasso no ano anterior deixava receios. Mas, como uma nova chance, um voto de confiança dado por Rodrigo e Neco Pessoa, lá foi o "Pelé" dos cavalos, rumo a mais uma Olimpíada. E não decepcionou. Nas finais, com 8 pontos perdidos, ainda era preciso contar com a improvável eliminação de alguns cavaleiros para que Rodrigo Pessoa e Baloubet du Rouet pudessem ter mais uma chance.
E assim foi. Onze cavaleiros perderam mais pontos do que o conjunto brasileiro. E veio o desempate. Prata para Rodrigo Pessoa e redenção para Baloubet du Rouet, que se recuperou com honras e nos fez esquecer Sydney de vez - agora é história. Mas ainda havia mais. O irlandês Cian O'Connor, com Waterford Crystal, foi desclassificado no ano seguinte por doping e, como a justiça tarda, mas não falha, Baloubet du Rouet e Rodrigo Pessoa receberam, no Rio de Janeiro, a medalha de ouro tão merecida e esperada. Baloubet, já aposentado devido a uma contusão, vai fazer 20 anos no dia 1º de janeiro de 2009. Festejado, premiado e com a missão cumprida.
Na China, quando o Rodrigo Pessoa chegar, a partir desta sexta-feira, às 8h15m, certamente todos vão querer saber de Baloubet, mas vão conhecer Rufus que certamente há de nos trazer, também, imensas alegrias.
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