sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Gente...

... cada vez que eu me lembro, eu penso e choro, juro! Que dia pavoroso! Que começo de ano do mal! Como pode, tantas perdas, tantas mortes? Que é isso? A Sandra me alertou ontem, durante o nosso costumeiro café das quintas, que ano passado foi igual. Um dos nossos vizinhos também morreu num acidente, indo para a praia. Eu o conhecia, tanto do prédio, como de outros lugares. Um dos seus irmãos foi meu colega de colégio. Uma semana antes, conversamos com ele no elevador. Quando soube do acidente, não acreditei. Passei uma semana em "depressão", pensando. E já não estava nem querendo entrar no elevador... Uma das características da síndrome do pânico é o pavor constante com a morte. Ou a tua própria, ou a das pessoas que tu conheces, dos teus amigos, parentes, pessoas próximas de ti. Pode até haver quem diga que pânico tem cura, mas eu discordo. Tu vais te adaptando a um novo modo de vida, mas não cura, não. A minha recuperação [parcial], foi difícil e ainda é. Eu fico muito tempo em casa. Saio bem pouco, [e quase nunca sozinha] e em horários muito doidos. Tipo, quando abre o Zaffari, o supermercado que eu freqüento, às 08:30, quem tá lá? Além dos funcionários, eu. Tem vezes que eu vou e nem a cafeteria abriu ainda. Eu não gosto de aglomerações, multidões, muvuca. Nunca gostei, agora ainda menos.

A Nah, hoje, foi trabalhar mais cedo, então eu acordei mais cedo. Fui surpreendida, quando liguei o comps, com duas notícias: duas mortes. Uma, da filha do nosso vice-governador, a outra do Beto Carrero. Quem não foi ao Beto Carrero World? Não foi, vá. Eu fui, há muito tempo atrás, quando a Nah era bem pequena. Tinha uns 10 anos. A nossa diversão era "andar de xícara" e "andar de bondinho - teleférico". A gente entrava de um lado, saía do outro e ia de novo. Fizemos isso, como diz a Nah, "mil de vez". Achei genial o Maximotion e até convidei a Nah prá ir na Montanha Russa, mas ela, que é bem "corajuda", não quis. Eu, que sou absolutamente covarde, até ia por causa dela, mas na hora "H", ela não quis. Bom, tudo bem. Melhor assim... Agora o parque deve estar muito melhor, com mais brincadeiras, tal. Mas o que me chocou, mesmo, foi a morte da guriazinha. 18 anos! Gente, isso não é normal. Os pais não devem enterrar os seus filhos! Quando penso nisso, chega a me dar um frio! Que loucura isso. Pela minha orientação espiritual [eu sou católica, vou à missa, tal, mas não pelo catolicismo em si. Meu negócio é com Deus, direto, se é que tu me entendes] - o espiritismo -, penso que nós somos espíritos, então, na verdade, a gente vem com data marcada prá voltar e isso não tem nada a ver com o que seremos nesta vida, se pais ou filhos. Viemos, cumprimos [ou não] a nossa missão e vamos embora... Mas, ainda assim, não dá prá aceitar isso, assim, tão bem... Eu simplesmente não me conformo! A Nah, "coitada", deve sofrer muito comigo, porque eu chateio mesmo. Ligo bastante [Deus salve o inventor do celular!]. Gasto fortunas de telefone e celular com a Nah, porque, apesar de detestar telefone/celular, eu praticamente só ligo para 4 pessoas: a Nah, minhas amigas Sandra e Marta, e prá mocinha da Bahiana - o salão que eu freqüento. Mas prá Nah eu ligo direto. O tempo todo! Várias vezes ao dia e à noite, quando ela sai. Só prá saber se está tudo bem. Fico "p" da vida quando celular não pega, dá mensagem ou não atende. Por isso sempre recomendo que ela me ligue se perceber que eu NÃO estou ligando. Se Eu não ligar é problema maior do que Ela não me ligar. Celular que não atende, é pior do que celular desligado. Tem que ligar quando chega no lugar, quando sai do lugar. E quando viaja de carro, eu ligo várias vezes ao longo do percurso. Ou ela liga. E ai dela se não ligar!

Eu estou passada! Muito triste mesmo. É alguém que eu nem conheço, mas a dor da família deve ser uma coisa dilacerante. Mesmo.
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