segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

2008...

... finalmente chegou para a Família Tricolor! Estamos começando o nosso "Ano Novo" hoje. Várias serão as mudanças de comportamento e atitude, bem como, várias serão as resoluções tomadas, cumpridas e mantidas. Primeira, de muitas que virão, desisti de fazer assinatura de jornal. Considero anti-econômico - devido ao desperdício de dinheiro, porque o jornal, invariavelmente, acaba no lixo -, causador de bagunça, sujeira e confusão. Comecei a ir ao supermercado de manhã bem cedo, me sento ali na cafeteria, peço um "pingado" - cafézinho com leite - e folheio calma e tranqüilamente os jornais do dia. Se precisar relê-los ou fazer alguma coisa com eles ao longo do dia, recorrerei à internet. Daqui a pouco vou ao salão refazer as minhas "luzes" e iniciarei bem o ano com "cabelos novos". Prá mim o cabelo é a moldura do rosto. Se o cabelo está ruim, tudo o mais está. Às vezes chega a ser, pelo menos prá mim, motivo INCLUSIVE para não sair de casa.

Bem, como disse, vou à cafeteria do supermercado ler os jornais. Eis que lendo O Pioneiro - jornal aqui de Caxias dos Sul, cidade da serra gaúcha onde moro -, na penúltima página, me deparo com o artigo de Maria Helena Balen, cujo texto incluía um "agradecimento" feito por uma aluna de Pedagogia ao seu ex-marido, em pleno cerimonial de formatura. Entre outras coisas, achei de uma grande coragem, sinceridade, mas, sobretudo, genial. Transcrevo-o aqui por tudo isso e também por achar que será útil a alguém como foi "libertador" em alguns aspectos, para mim, uma vez que, como é sabido, estou me preparando psicologicamente para entrar nos "enta". Comoveu-me, me levou às lágrimas, mas, acima de tudo, me trouxe mais um pouquinho de luz.

Ei-lo:

"João, eu te agradeço por teres me abandonado, quando mais precisava de ti e por teres deixado comigo os filhos que fizemos juntos. Eles são e serão para sempre meu motivo para dizer: valeu a pena. Eu te agradeço por todas as lágrimas derramadas, pois elas foram responsáveis pela lubrificação dos meus olhos, tornando-os capazes de enxergar com nitidez. Tu me fazias sombra, e tua sombra atrapalhava a visão do mundo à minha volta. Eu te agradeço teres desligado o celular. Só assim eu não pude contar contigo quando faltou gás e eu tive que trocar o botijão. Quando perdi todos os documentos e tu me disseste: te vira. E eu me virei. Quando nossa filha caçula caiu da sacada e eu tive que correr sozinha ao hospital. Não foi nada, apenas um tombo que não teve conseqüências. Foi o primeiro susto que passei sozinha. Agradeço por teres encontrado uma pessoa que te tirou de mim. Só assim eu encontrei a mim mesma. Agradeço as noites insones que me proporcionaste, rolando na cama à procura do teu corpo. Foi durante elas que tracei metas, objetivos, planos para seguir vivendo. E segui. Agradeço por ter experimentado na pele o velho chavão de que o tempo é o melhor remédio. Que cada novo amanhecer é também uma nova chance de recomeço e que cada pôr-do-sol leva consigo as desilusões do dia que passou. Eu te agradeço por este diploma que estou recebendo. Tu foste a mola propulsora que me fez chegar até ele. Mudaste os meus planos de envelhecer ao teu lado, eu em casa te esperando com a casa limpa, comida pronta, roupa lavada, passada. Jamais teria partido de mim uma idéia de mudança. Eu não tinha tempo para mim. Só para ti. Desejo que sejas um vitorioso, como eu. E que a tua luz da coragem nunca se apague, como não se apagou para mim."
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Um comentário:

  1. Fiquei comovida e orgulhosa desta mulher de coragem.
    O que é a sopa de papelão que a Nahzinha gosta? Achei o nome ótimo.
    Apareça sempre.
    bj

    ResponderExcluir

Eu conto, tu comentas. Tri legal!