segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Permitam-me, já que tivemos a chance de...

... parar no meio do processo político nacional, dar algumas de minhas modestíssimas opiniões. Digo no meio porque, após as horas de tensão que vivemos ontem, não se desesperem, porque elas vão voltar com toda força! Rá! Rá! Sabe aquele negócio - tinha muito mais da onde veio este? Pois é! Daqui a pouco começa tudo de novo, prá no final irmos novamente às urnas, no dia 31/10 - ora vejam! - em pleno Halloween poderemos estar entrando numa eterna noite das bruxas... hahahahahaha... ai, ai! 

Bem, mas o que eu quero falar, mesmo, é dos avanços que fizemos. 

Eu não vivi a ditadura. Eu sou dos anos 70. Mas eu sei o que ela foi porque - ainda que tenha aprendido na escola -, eu sou uma pessoa que gosta de ver e de ouvir. Eu leio, eu vejo, eu me informo. Algumas coisas eu evito, lógico, porque eu também sou uma pessoa que sofre. Eu me impressiono, daí... Então, como eu ia contando, eu sei algumas coisas que aconteceram durante a ditadura, da qual ninguém - talvez os militares - deve se orgulhar. E eu vi o fenômeno Diretas Já, o povo indo prá rua e tal. Eu vi o caçador de marajás e eu vi os caras pintadas. Mas, sejamos racionais. Não fosse Collor de Mello, o Brasil não estaria e nem seria o que é hoje. Ele, ao contrário de Napoleão, abriu as portas do Brasil às nações amigas. Aí veio o boom! do 1,99, dos negócios da China e também dos carros e perfumes importados à granel - entre outras coisas, lógico. Alguém, nesta parte, quer acrescentar alguma coisa? Então, continuando, aparecemos pro mundo, quando colocamos na presidência FHC, um sujeito elegante, com doutorado, que lecionara em Paris, tinha cultura e discernimento, que nos deu a estabilidade política e econômica - que saudade do Fernando Henrique! - e culminamos no auge da   democracia ao eleger um operário, simples, com pouca cultura, mas muita disposição, determinação e oratória. Até a página 9. Daí prá frente, a coisa degringolou. Chegamos no ontem e agora vamos para o amanhã... E o amanhã a Deus pertence, assim espero! Mas eu também sei de uma coisa. Se não estamos satisfeitos, sabemos como nos expressar. Sabemos como nos fazer ouvir. E saberemos, tenho certeza, nos pronunciar se algo der errado. Podemos não saber o que queremos, mas estamos aprendendo a entender o que não queremos e dizer não!, isso não! Então, eu fico menos preocupada e mais feliz e menos com medo do que vem por aí. Principalmente porque chego à conclusão - conclusiva - de que somos capazes de viver e sobreviver apesar dEles. Ontem foi um pouco assim já. Podemos estar errados, mas agora, somos capazes de descobrir o porquê e podemos corrigir antes de não ter mais jeito. Tu também não ficaste com esta sensação depois de todos estes intensos momentos políticos e de transformação que vivemos? Eu sim!

Kibon! 

E viva Marina Silva, que, mesmo sendo uma "desconhecida", com seu um minuto e meio mudou o pensamento dos brasileiros. 

Sugestão de leitura, o brilhante texto de Miriam Leitão, colocando os pingos nos is e nos levando a uma boa reflexão.


Ótimo começo de semana prá todos, e aproveitemos esses dias prá continuar refletindo sobre o que queremos prá nós, pros nossos filhos, prá sociedade como um todo. Ou seja, pro Brasil. E só prá não dizer que não falei das flores [barra saca], quem votou no Tiririca devia ser obrigado a ouvir Florentina 1.300.000 vezes!

bju!
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Um comentário:

  1. Amiga, eu também não vivi a era negra da ditadura, mas creio que ambas (eu e você) vivemos o fim dela, já que ela só acabou mesmo em 85.
    Eu adoro a mirian leitão, ainda essa semana vi um programa dela na globo news e ela disse: o voto custou muito caro pra nós (por conta da ditadura) não desperdicem a chance.
    Eu já fiz umas 4 postagenslá no meu blog sobre a eleição. Eu gosto de política, mas quem erra mais mesmo é o povo, que por não gostar e política, não se informa e faz cagada.
    bjs!

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Eu conto, tu comentas. Tri legal!