quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Luzinha e a Fazendinha

Eis que num belo dia de sol em Caxias do Sul, a Luzinha resolve que quer ter uma fazendinha. Mas como uma fazendinha? Eu vos respondo: Um gramado verdinho e plano, 2 arvorezinhas pra pendurar uma rede, uma casinha pré-fabricada de madeira de 2 andares, uma churrasqueira, e uma "area de lazer" para os gatos. Se possível também uma quadra de tenis. Básico, nada de mais.

A Luzinha insistiu, insistiu, insistiu, 1 semana, 1 mês, 1 ano, e a Nahzinha dizendo: mas mãe, tu nao vai querer morar no meio do mato... mãe, nao vai ter nada ao teu redor, só o barulho dos passarinhos, fora que tu vai ter que ter um macaco chamado Cirilo! ... mãe, tu vai ficar muito sozinha lá, tem que ser longe do centro (a Luzinha morou no centro praticamente a vida toda e tá bem acostumadinha com o barulho dos carros, dos onibus, das pessoas, etc.)... bla bla bla"... 

Um dia cansei. "LUZINHA! VAMOS VER OS TERRENOS PRA FAZENDINHA!". E fomos. Andamos por todos os lugares onde era possível ter uma "chácara", ou uma casinha isolada do mundo, conforme a Luzinha queria. No primeiro condomínio de chácaras, o terreno disponível era um morro, bem alto e cheio de árvores. Puro mato MESMO. 

Luzinha: "Mas como eu vou por uma casa aí?"
Nahzinha: "Sim mãe, o que tu esperava?"
Luzinha: "Um terreninho liso, com uma graminha lisa, etc etc."
Nahzinha: "..."

Andamos, andamos, andamos. Terrenos e terrenos. Nada como a Luzinha queria. Até que no último (ou um dos últimos. olhei tanto terreno que nem lembro mais), a Luzinha olha.. um terreno mais ou menos.

Luzinha: "Ai Nah, mas nao tem nada perto né? Eu ia ficar aqui isolada o dia todo, nao tem nem vizinho nem nada! Como eu vou no supermercado? E no shopping?"
Nahzinha: "Mas então aprende a dirigir! Daí tu vai de carro!"
Luzinha: "Eu não, não vou aprender a dirigir. Prefiro ficar sem..."
Nahzinha: "..."

Eis que voltamos pra casa, depois de um sábado longo e cansativo, rodando todas colonias e matos possíveis, e sem nenhum terreno em vista. A Luzinha ficou um tempo sem falar sobre isso, depois que, finalmente, vendo com os próprios olhos, percebeu que não era assim tããããoooo facil de arranjar a tal da fazendinha, e que a Nahzinha estava efetivamente certa desde o inicio. A Luzinha se desiludiu em ter que cuidar da graminha, das arvorezinhas, do Cirilo, de ser tão longe do centro, de nao poder ir no mercado, de ter que fazer carteira de motorista, de não poder ir no shopping, de nao ter cabeleireira e manicure por perto, etc etc etc... Até que esses dias:

Luzinha: "Nah, vamos atrás da fazendinha?"
Nahzinha: "..."

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8 comentários:

  1. Kkkkkkkkkkkk!! Adorei!!
    Eu também sonho com um sitiozinho, graminhas etc, etc... Na prática, não sei não... essa história de ficar isolada, medrosa e urbana como sou...mais os mosquitos, sapos e sei lá o que kkkkkkkkkk. Beijinhos

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  2. kkkkkkkkkkkkk
    mas eu ainda não desisti! eu penso que nem tu, Mi, principalmente por causa dos sapos, mas, né... ainda não achei nada mesmo... kkkkk...

    essa Nah...

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  3. não desista!

    e depois coloque as fotos aqui, ok? :)

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  4. não desiste!

    e coloca as fotos aqui, pf! :)

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  5. Hello, I met you through Daisy's blog. I see the Cat has got the Mouse, hehe!

    My blog is also Black Cat!

    Sorry, I don't speak your language:(

    :) xxx

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  6. Lu,
    eu também estou numa historinha parecida...querendo ter o meu cantinho, onde eu possa fazer a minha baguncinha particular...fiquei inspirada. Acho que vou contar minha historinha no blog..
    Beijos procê.

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  7. É difícil. Eu tb desde que nasci moro no centro do caos. Eu gosto de ser urbana, mas em certos dias dá vontade de morar no meio do nada, só para ter os animais que quiser, não ter de aguentar gente mal-educada, etc... Mas daí eu penso: quanto tempo eu aguentaria o silêncio? E tenho o mesmo problema com carros. Até tenho carta (vencida), mas não nasci para dirigir. Gosto de apreciar a paisagem (ou ficar perdida em meus pensamentos, quando não há paisagem, dentro do metrô).
    Quem sabe um dia, né?

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  8. kkkkkk
    Luzinha, conheço bem essa história de "roça", sítio, fazendinha! kkkkk
    é um sonho mesmo, mas... como viver longe de "tudo"???
    minha mãe às vezes vem com essa história de ir morar na roça. uma mulher que não pára em casa, cheia de afazeres (pastoral, coral, academia, hidroginástica, forró, etc, etc), não dirige, e não aguenta ficar quieta. vem cá, da onde sai uma idéia destas? kkkkk
    me senti meio Náh também!!!
    kkkk
    bjocas! Silvia gatofru

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Eu conto, tu comentas. Tri legal!