... à vista, sem prazo para trégua...
Ontem, lendo a Zero Hora de domingo, vi, na página 18, uma frase de Aécio Neves que me fez pensar...
"Será perverso para o Brasil mais quatro anos disto que está aí."
A crise imobiliária que devastou a economia norte-americana é fruto de uma condescendência - e da ganância - das instituições bancárias que, de olho num grande filão, o das hipotecas, achou que estava diante do maior "boom" lucrativo dos últimos tempos. Nas reminiscências de cérebros pensantes de frios e calculistas homens de economia deve ter havido uma mosquinha azul que zumbia assim... "Se emprestarmos dinheiro ao povo, para que eles façam tudo o que quiserem, eles nos devolverão esse mesmo dinheiro que emprestamos, felizes e com juros!" Ledo engano. Essa história da Carochinha terminou como já sabemos. E então eu pensei... Ora, mas aqui, no Brasil, estamos indo pelo mesmo caminho, não sei se sem perceber ou conscientemente. As tais prestações a perder de vista... "compre hoje e só pague no ano que vem!", "financiamento em 12 vezes sem juros!", "cheque para daqui a 100 dias!", são, a meu ver, o mesmo tipo de financiamento imobiliário das hipotecas americanas.
Eu cocordo com Aécio Neves, em gênero, número e grau. O excesso de dinheiro que circula no Brasil pode ser, a médio prazo, a nossa ruína. Podemos, sem que saibamos, estar caminhando para o mesmo abismo. Bolsa isso, bolsa aquilo, dinheiro fácil na praça... Quem planta vento, colhe tempestade.
Espero, sinceramente, que alguém apareça, aqui,prá dar um jeito nisso. De outro modo, como disse Aécio, "Será perverso para o páis..."...
O tempo da revolução armada acabou. Agora é a vez da revolução intelectual. A inteligência "tem" que superar a força bruta. Proponho o seguinte...
Vamos trocar?
Sai este aqui...
... e entra este...
E que o ideal de Obama se espalhe prá todo resto...
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Eu conto, tu comentas. Tri legal!